Afinal enviaram cerca de 303,750,000.00 meticais para uma conta bancaria de Chang na espanha



No dia 23 de Janeiro de 2013, cinco dias depois da assinatura do primeiro contrato (em favor a proindicus) de 366 milhões de dólares, Boustani instruiu um banco dos Emirados Árabes Unidos (EAU) a proceder a pagamentos ao seu contacto moçambicano (com quem trocara os emails citando “guebaz”) e ao individuo identificado como conspirador moçambicano 1 pela auditoria da kroll, no valor de 5,1 milhões de dólares para cada um, acrescidos de 3,4 milhões de dólares também para cada um, numa data posterior e não especificada. 



Como já se falou num artigo anteriormente publicado pelo muxanga.com, todas estas movimentações só seriam possíveis se houvesse uma colaboração de importantes membros do governo moçambicano, facto que exigia que os mesmos fossem também subornados. 

Sendo assim, para conseguir os empréstimos, Boustani procurou o apoio do Credit Suisse, mas funcionários do banco tornaram claro que tal só seria possível se o empréstimo estivesse a taxas de juro comerciais ou próximas desse nível, com a condição de que a dívida seja emitida directamente pelo governo ou garantida por este. 


Como já publicamos num artigo anterior, de acordo com o savana, a 13 de Setembro de 2012, Andrew Pearse (um neozelandês que ajudou duas empresas ligadas aos serviços secretos moçambicanos a contrair uma dívida e identificado como indivíduo B no relatório Kroll) viajou para os EAU a fim de se encontrar, de entre outros, com Boustani, o contacto moçambicano e um familiar directo de um alto dirigente do governo moçambicano, que segundo o jornal savana, este era Ndambi Guebuza, filho do na altura Presidente da República, Armando Guebuza . 



Segundo avançou o savana, parece ter sido neste encontro onde foi seguida a orientação do envolvimento de Manuel Chang, este, que no dia 22 de Dezembro de 2012, mandou uma carta para o conspirador 2 da Privinvest, explicando que este financiamento enfrentava constrangimentos resultantes das limitações impostas pelo FMI na obtenção, por Moçambique, de mais créditos comerciais. Assim sendo, dizia a carta de Chang, “encontramos uma solução alternativa, em que será constituída uma SPV (uma empresa criada para um fim específico)”. 




Por derradeiro, no dia 28 de Fevereiro de 2013, Chang assinou a carta de garantia para o empréstimo da Proindicus, e entre Outubro e Dezembro recebeu 5 milhões de dólares numa sua conta bancária na Espanha. 

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