O Pulmão da terra (Amazona) esta queimando faz 17 dias, deve se agir com urgência





A Amazónia está a ser consumida pelo fogo e já perdeu milhares de hectares, que se juntam a muitos mais perdidos com a desflorestação. Desde o início do ano, os incêndios florestais no Brasil aumentaram 83% face a 2018.

“Mataram o rio, mataram as nossas fontes de vida e agora puseram fogo na nossa reserva”. A descrição é de uma mulher indígena, num vídeo que se está a tornar viral nas redes sociais a propósito dos fogos que estão a consumir a Amazónia.
Esta é a altura de queimadas no Brasil e este ano o país enfrenta a pior onda de incêndios em sete anos. Na segunda-feira, a cidade de São Paulo foi coberta por uma forte neblina que tornou o dia em noite.
Segundo a imprensa brasileira, o “céu de chumbo” foi o resultado de uma combinação rara que juntou a chegada de uma frente fria cheia de humidade com a acumulação de partículas geradas pela queima de vegetação e também das queimadas em zonas já desflorestadas, que entram em suspensão e formam uma imensa nuvem, observável até do espaço.

Há mais de duas semanas que as chamas devastam floresta e mato nos estados do Norte do Brasil, incluindo áreas pertencentes à Amazónia (considerada o Pulmão da Terra) e ao Pantanal.
As perdas são imensas.

Num ano, a desflorestação na Amazónia aumentou 88%. Agora, e só em cerca de três semanas, o fogo já consumiu 20 mil hectares de vegetação.
Entre 2000 e 2017, a Amazónia perdeu uma área superior à da Alemanha, ou seja, cerca de 400 mil quilómetros quadrados, revela a BBC Brasil, citando um estudo da Universidade de Oklahoma publicado na revista “Nature Sustainability”.
Entre 1 de janeiro e 18 de agosto deste ano, foram registados quase 71.500 focos de incêndio – um número recorde, comparado com os perto de 40 mil no mesmo período do ano passado e com a última grande onda de incêndios, em 2016, quando se registou 66.622 focos de queimadas durante o mesmo período.

A indignação pelo que está a acontecer à Amazónia alastra nas redes sociais, onde foram criadas várias “hashtags”, como #eaamazonia, #saveAmazonia e #PrayforAmazonas. Em todas se critica o silêncio das autoridades e, em concreto, do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.

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